Questão 96
Luiza, uma menina de 12 anos de idade, chega ao serviço de pronto atendimento de um ambulatório de pediatria, com queixa de “febre alta”. Sua tia materna, Maria, relata que, há mais ou menos duas semanas, a menor teve um “resfriado que ficou mal curado” e que, desde então, vem tossindo muito, principalmente à noite. Nas ultimas 48h, a menor vem apresentando febre maior que 38ºC, cefaleia e dor abdominal. Nega diarreia e vômitos. Mantém bom estado geral. Ao exame, observou-se adenomegalia cervical única maior que 1cm à direita e amígdalas hiperemiadas com secreção branco-acinzentada bilateralmente.
A menor e seus outros dois irmãos (Janaína, de três anos e quatro meses, e Deividson, de nove meses de idade) vem sendo criados pela tia desde o nascimento de Deividson. Maria, que também tem um filho, Anderson de sete meses, trouxe os exames e a documentação médica, que mostravam que sua irmã (a mãe de Luiza, Janaína e Deivdson) faleceu logo após o parto, com o diagnóstico de SIDA e tuberculose. Maria informou que o pai das crianças também faleceu há um ano, mas não sabe a causa.
Janaína, tinha sido atendida na Emergência há um mês, com história de sangramento vaginal discreto por três dias, precedido de secreção vaginal fétida e amarelada . O exame ectoscópico da genitália havia sido normal e a investigação diagnóstica inicial pesquisou a possibilidade de:
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