UERJ - RJ - 2006 - R1 - 1

Questão 67

Kátia tem 22 anos de idade e trabalha como auxiliar de serviços gerais em uma creche de sua comunidade. Há três dias queixou-se de intensa odinofagia, além de febre contínua, com temperatura axilar de até 39.5º C. Procurou o Posto de Saúde mais próximo de sua casa, onde recebeu a prescrição de antitérmico e repouso. Kátia permaneceu usando paracetamol por mais quatro dias e, então, a febre desapareceu, permitindo que ela retornasse ao trabalho. No entanto, durante as atividades físicas, Kátia sentia-se mais cansada que o habitual, o que atribuiu à recuperação de sua enfermidade. Cerca de três semanas após seu retorno à creche, Kátia voltou a ter febre, agora não tão alta como a anterior, e houve piora progressiva de seu cansaço, até que uma noite, Kátia acordou com “falta de ar”. Na manhã seguinte, procurou novamente o posto de saúde, onde o médico que a atendeu evidenciou febre de 38.3ºC, FR de 26irpm, FC de 122bpm e presença de um sopro sistólico com irradiação para axila esquerda, além de um sopro diastólico em foco mitral. Percebeu também a presença de alguns nódulos dolorosos em braços e pernas. Devido a este quadro, Kátia foi internada. Ao exame: FC =132bpm, FR = 28 irpm e presença de bulha adicional, interpretada como B3. Além dos sopros cardíacos já descritos, o plantonista descreve também a presença de um sopro diastólico mais audível em foco aórtico acessório. Kátia tem dificuldade para permanecer deitada no leito. No exame do abdômen, o plantonista descreve a presença de hepatomegalia dolorosa e fica em dúvida sobre a presença de esplenomegalia. Após a alta hospitalar, Kátia continuou sendo acompanhada no Posto de Saúde. Ela, seis meses após a alta, se encontrava assintomática. No seu exame físico atual se evidencia sopro sistólico em foco mitral, com irradiação para a axila esquerda. Kátia é internada para tratamento e o plantonista que faz sua admissão obtém o relato de que ela é sexualmente ativa e refere prurido vaginal com corrimento vaginal amarelado, intenso e com odor desagradável há três dias. Kátia, embora não queira engravidar, diz que não faz uso de preservativos ou outro método contraceptivo, e que confia em Jorge, que é seu namorado e único parceiro. Durante o exame, constatou-se um pH vaginal de 6,5 e, no esfregaço vaginal a fresco, notou-se a presença de muita quantidade de células inflamatórias. O diagnóstico mais provável é:
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