UERJ - RJ - 2006 - R1 - 1

Questão 63

Marcelo tem 25 anos, trabalha como vigilante, é solteiro e procurou o serviço de emergência de um Hospital da Baixada Fluminense, com queixa de dor abdominal, náuseas e vômitos há dois dias. Apresentava-se agitado, com distensão abdominal e massa palpável em andar superior do abdome. Negava passado de colelitíase, ingesta alcóolica, libação alimentar ou uso de medicamentos. Sem cirurgias ou internações anteriores. Exames laboratoriais evidenciam amilase três vezes o valor normal: 320U/l, leucocitose de 18.000 cels/ml com 12 bastões. Cálcio sérico de 7,5mg%. Ultrassonografia abdominal com distensão de alças, impedindo a avaliação do pâncreas. Vias biliares sem alterações. Tomografia computadorizada de abdômen mostrando pancreatite aguda edematosa. Ficou internado por quatro semanas, com prescrição de Imipenem, dieta zero, nutrição parenteral total e, posteriormente, reintrodução de dieta oral. Após normalização dos exames laboratoriais, do quadro clínico, e tolerância à dieta, recebeu alta. Procurou novamente a unidade de emergência após uma semana, com queixa de náuseas, vômitos biliosos, dor abdominal e intolerância à dieta. Nova ultra-sonografia não evidenciava litíase biliar ou outras alterações. Foi reinternado com prescrição de imipenem e levofloxacin, sem melhora da febre e piora progressiva do quadro geral. Foi então transferido para hospital terciário, com os seguintes exames: EAS: raras cels epiteliais; 20 a 30 piócitos/campo; 1 a 3 hemácias/campo; alguns cilindros granulosos ;Flora bacteriana aumentada; numerosos filamentos de muco. Hemograma: Hct:27.4%, Hgb:9.0g/dL, PLT:240.000, Leu:10.900U/L, 22%bastões. Bioquímica: AST:22U/L, ALT:21U/L, Glic:166mg/dL, Amilase:200U/L, ALP:74U/LPTN:7.62g/dL, Alb:3.3g/dL, Bil Total:1.1mg/dL, Bil Direta 0.6mg/dL. Após realização de tomografia computadorizada de abdome, Marcelo foi levado ao centro cirúrgico para tratamento. Durante longo período de internação em unidade intensiva, começou a apresentar crises convulsivas. Marcelo recebeu alta hospitalar, com o diagnóstico eletroencefalográfico de crise convulsiva tonicoclônica generalizada, para acompanhamento ambulatorial. O tratamento de escolha, nessa fase, deve ser:
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