UFRJ - RJ - 2008 - R1 - 1

Questão 34

Severino, 45 anos, funcionário da construção civil, etilista de longa data, com ferida corto-contusa na região supraorbitária à direita. Caso clínico - Foi trazido por amigos à emergência após a queda da própria altura no trabalho. Estava visivelmente alcoolizado. Apresentava moderado sangramento na ferida, além de escoriações em face. Agitado, circulava no ambiente um pouco trôpego, respirava espontaneamente e recusava atendimento médico. Três semanas após o atendimento, Severino retornou acompanhado dos mesmo amigos ao mesmo plantão. Evoluíra bem até dois dias atrás, quando começou a apresentar tremores de extremidades, sudorese profusa, inquietação psicomotora e vômitos. Ao exame, apresenta fácies de perplexidade. Sinais Vitais: PA = 160x90mmHg, FC = 110bpm, FR = 26irpm e Tax = 36°C. O mestre de obras do local em que Severino trabalhava comentou que ele não teria direito a atendimento médico porque não tem carteira assinada e sua queda não poderia ser caracterizada como acidente de trabalho. Após a alta, Severino foi encaminhado para PROJAD (Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas). É casado, com dois filhos, 1º grau completo. Bebe há mais de vinte anos. Queixava-se de insônia, pesadelos, desânimo, falta de esperança, vontade de morrer e pensamentos persistentes de auto-extermínio. Uma tentativa de suicídio no passado por ingesta de grande quantidade de diazepan. Depois disso, muitas vezes pensou em suicidar-se. Relacionava os pensamentos suicidas à baixa autoestima, à falta de perspectivas futuras e à incapacidade de prover a família. Nunca usou outras drogas, mas as recaídas por abuso de álcool já o tinham levado a diversas internações no passado. Apesar de ter casa, dorme na construção para não gastar dinheiro de passagem. Perdeu diversos empregos pelo alcoolismo. Em relação aos sintomas apresentados, pode-se afirmar que:
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