UFRJ - RJ - 2006 - R1 - 1

Questão 77

Em meados do século XX vários estudos casos-controle sobre câncer de pulmão publicados na Europa Ocidental e na América do Norte concluíram que fumar era uma causa importante da doença. A descoberta estimulou a pesquisa sobre os efeitos do fumo (não apenas no câncer de pulmão, mas também em muitas outras doenças), inclusive um estudo prospectivo inglês sobre fumo e mortalidade entre médicos britânicos. A última publicação sobre essa coorte relata os resultados de 50 anos de acompanhamento e enfatiza os efeitos na mortalidade geral (subdividida por período de nascimento) do fumo contínuo de cigarros e da interrupção do hábito de fumar em várias idades. A conclusão principal dos autores é que houve uma redução substancial e progressiva da taxa de mortalidade entre não fumantes na última metade do século passado, resultante da prevenção e melhora do tratamento de doenças, mas tal efeito não ocorreu para os fumantes. O início precoce e contínuo do tabagismo levou a um aumento progressivo da razão de taxa de mortalidade entre fumantes versus não-fumantes. Esse fato pode ser visto principalmente entre os idosos, cuja probabilidade de sobreviver dos 70 aos 90 anos entre os não fumantes praticamente triplicou entre 1950 e 1990 (de 12% para 33%). Para os fumantes, essa probabilidade foi reduzida, passando de 10% para 7%. Richard Doll, Richard Peto, Jillian Boreham, Isabelle Sutherland Mortality in relation to smoking: 50 years´ observations on male British doctors. BMJ, doi:10.1136/bmj.38142.554479.AE (published 22 June 2004) Os estudos casos-controle citados têm as seguintes características:
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