UFRJ - RJ - 2006 - R1 - 1

Questão 58

Rosário tem 41 anos, é branca, natural de Minas Gerais, ambulante, residente no Rio de Janeiro desde os 18 anos de idade. Procurou o posto de saúde com queixa de um “machucado na vagina”, que apareceu há 4 dias, acompanhado de vermelhidão e pequenas bolhas no local, dolorosas à palpação, e que ardiam muito quando urinava. Na história patológica pregressa refere quadro asmático ocasional. Na história ginecológica, relata menarca aos 12 anos de idade, com ciclos regulares após os 17 anos. Nos últimos 6 meses os ciclos menstruais tornaram-se irregulares. Gesta III Para III, 3 partos transpélvicos, o último há 9 anos. Não se recorda da data da última menstruação. Iniciou vida sexual aos 26 anos, tendo se relacionado com um único parceiro, seu marido, que faleceu há 8 anos, vítima de bala perdida. Desde então, não usa qualquer método contraceptivo e acha que está entrando na menopausa. No último ano, está saindo com um novo namorado, tendo relações sexuais sem proteção. Nega tratamento prévio para DST. A última visita ao ginecologista foi há 6 meses, sem queixas. Mora com os filhos e a mãe em um conjunto habitacional, na Baixada Fluminense, com 6 cômodos e saneamento básico. Ao exame físico: PA de 130 x 70 mm Hg, pulso de 84 bpm, temperatura axilar de 37ºC, altura de 1,74 m e peso de 62.2 Kg. O exame de aparelhos e sistemas foi normal. O exame ginecológico revelou, à inspeção do períneo, duas lesões ulceradas em grande lábio esquerdo, medindo 0,5 cm de diâmetro cada uma. O exame especular foi normal. Exames solicitados: VDRL, HIV ( Elisa ), HbsAg, sorologia para TORCH, ultrassonografia transvaginal e beta-HCG. Orientação terapêutica: o médico esclareceu a hipótese diagnóstica e orientou Rosário a lavar o períneo 3 vezes ao dia com sabão glicerinado, a usar ibuprofeno por 3 dias e retornar ao posto de saúde em 10 dias com os resultados dos exames. Também deu informações em relação ao mecanismo da doença e medidas para evitar transmissão e piora. A paciente retorna trazendo a ultrassonografia que mostra duas imagens anecóicas: a primeira, intrauterina, medindo 17 mm de diâmetro e outra em topografia de ovário direito, medindo 30 mm de diâmetro. O resultado do beta-HCG foi de 1.600 mUI/ml. Os demais exames solicitados ainda não estavam prontos. A melhor conduta para definir o diagnóstico fetal no transcurso da 12a semana de gravidez é:
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