ESPPA - RS - 2012 - R1 - 1

Questão 44

Paciente, 41 anos, chega à unidade de saúde referindo sensação de morte eminente, palpitação, dor no peito e falta de ar. Ao passar no acolhimento, a técnica de enfermagem, há uma semana na equipe, verifica PA=170x80 e FC=96. Chama o médico da unidade com urgência pensando ser um infarto. Ao chegar na sala, o médico reconhece a paciente e a abraça, fazendo com que a mesma caísse no choro. Conversa , então, um pouco, sobre a morte do pai dela que ocorrera há um mês, e a paciente refere que não está mais suportando e tem chorado todos os dias, estando sem vontade de fazer nada. Pede, então, que lhe dê algum medicamento ou a encaminhe a um psiquiatra. O médico explica que ainda não há necessidade e, após 10 minutos de conversa, a paciente sai do consultório mais tranquila, agradecendo a todos pela ajuda recebida. O médico, então, olha para a técnica de enfermagem que ainda está um pouco assustada e olha junto com ela o prontuário da paciente, verificando ausência de fatores de risco cardiovasculares e relato da morte do pai da mesma há um mês, com algumas crises de ansiedade já atendidas na unidade após este episódio. Tranquiliza a técnica, referindo que a Agente Comunitária de Saúde (ACS) tem feito visitas semanais à paciente e estimula que olhe o prontuário nos próximos atendimentos. A técnica, então, questiona se não era preciso pelo menos encaminhar ao psiquiatra devido ao quadro de depressão ou dar algum medicamento; o médico responde que tudo está dentro da “demora permitida”, sorrindo para a técnica enquanto vai retornando para a sua sala. Que atributo essencial da APS foi mais importante como orientador da conduta do médico neste caso?
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